sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Teologia da Libertação

Teologia da Libertação

Vale a pena a leitura deste artigo

1. A centralidade do pobre e do oprimido
O punctum stantis et cadentis da Teologia da Libertação é o pobre concreto, suas opressões, a degradação de suas vidas e os padecimentos sem conta que sofre. Sem o pobre e o oprimido não há Teologia da Libertação. Toda opressão clama por uma libertação. Por isso, onde há opressão concreta e real que toca a pele e faz sofrer o corpo e o espírito ai tem sentido lutar pela libertação. Herdeiros de um oprimido e de um executado na cruz, Jesus, os cristãos encontram em sua fé mil razões por estarem do lado dos oprimidos e junto com eles buscar a libertação. Por isso a marca registrada da Teologia da Libertação é agora e será até o juizo final: a opção pelos pobres contra sua pobreza e a favor de sua vida e liberdade.
A questão crucial e sempre aberta é esta: como anunciar que Deus é Pai e Mãe de bondade num mundo de miseráveis? Este anúncio só ganhará credibilidade se a fé cristã ajudar na libertação da miséria e da pobreza. Então tem sentido dizer que Deus é realmente Pai e Mãe de todos mas especialmente de seus filhos e filhas flagelados.
Como tirar os pobres-oprimidos da pobreza, não na direção da riqueza, mas da justiça? Esta é uma questão prática de ordem pedagógico-política. Identificamos três estratégias.
A primeira interpreta o pobre como aquele que não tem. Então faz-se mister mobilizar aqueles que têm para aliviar a vida dos que não têm. Desta estratégia nasceu o assistencialismo e o paternalismo. Ajuda mas mantém o pobre dependente e à mercê da boa vontade dos outros. A solução tem respiração curta.
A segunda interpreta o pobre como aquele que tem: tem força de trabalho, capacidade de aprendizado e habilidades. Importa formá-lo para que possa ingressar no mercado de trabalho e ganhar sua vida. Enquandra o pobre no processo produtivo, mas sem fazer uma crítica ao sistema social que explora sua força de trabalho e devasta a natureza, criando uma sociedade de desiguais, portanto, injusta. É uma solução que ajuda favorece o pobre, mas é insuficiente porque o mantém refém do sistema, sem libertá-lo de verdade.
A terceira interpreta o pobre como aquele que tem força histórica mas força para mudar o sistema de dominação por um outro mais igualitário, participativo e justo, onde o amor não seja tão difícil. Esta estratégia é libertária. Faz do pobre sujeito de sua libertação. A Teologia da Libertação, na esteira de Paulo Freire, assumiu e ajudou a formular esta estratégia. É uma solução adequada à superação da pobreza. Esse é o sentido de pobre da Teologia da Libertação.
Só podemos falar de libertação quando seu sujeito principal é o próprio oprimido; os demais entram como aliados, importantes, sem dúvida, para alargar as bases da libertação. E a Teologia da Libertação surge do momento em que se faz uma reflexão crítica à luz da mensagem da revelação desta libertação histórico-social.
2.Teologia da Libertação e movimentos por libertação
Entretanto, só entenderemos adequadamente a Teologia de Libertação se a situarmos para além do espaço eclesial e dentro do movimento histórico maior que varreu as sociedades ocidentais no final dos anos 60 do século passado. Um clamor por liberdade e libertação tomou conta dos jovens europeus, depois norte-americanos e por fim dos latino-americanos.
Em todos os âmbitos, na cultura, na política, nos hábitos na vida cotidina derrubaram-se esquemas tidos por opressivos. Como as igrejas estão dentro do mundo, membros numerosos delas foram tomados por este Weltgeist. Trouxeram para dentro das Igrejas tais anseios por libertação. Começaram a se perguntar: que contribuição nós cristãos e cristãs podemos dar a partir do capital específico da fé cristã, da mensagem de Jesus que se mostrou, segundo os evangelhos, libertador? Esta questão era colocada por cristãos e cristãs que já militavam politicamente nos meios populares e nos partidos que queriam a transformação da sociedade.
Acresce ainda o fato de que muitas Igrejas traduziram os apelos do Concilio Vaticano II de abertura ao mundo, para o contexto latinoamericano, como abertura para o sub-mundo e uma entrada no mundo dos pobres-oprimidos. Deste impulso, surgiram figuras proféticas, nasceram as CEBs, as pastorais sociais e o engajamento direto de grupos cristãos em movimentos políticos de libertação. Para muitos destes cristãos e cristãs e mesmo para uma significativa porção de pastores não se tratava mais de buscar o desenvolvimento. Este era entenddo como desenvolvimento do subdsenvolvimento, portanto, como uma opressão. Demandava, portanto, um projeto de libertação.
Portanto, a Teologia da Libertação não caiu do céu nem foi inventada por algum teólogo inspirado. Mas emergiu do bojo desse movimento maior mundial e latino-americano, por um lado político e por outro eclesial. Ela se propôs pensar as práticas eclesiais e políticas em curso à luz da Palavra da Revelação. Ela comparecia como palavra segunda, crítica e regrada, que remetia à palavra primeira que é a prática real junto e com os oprimidos. Alguns nomes seminais merecem ser aqui destacados que, por primeiro, captaram a relevância do momento histórico e souberam encontrar-lhe a fórmula adequada, Teologia da Libertação: Gustavo Gutiérrez do Peru, Juan Luiz Segundo do Uruguai, Hugo Asmann do Brasil e Enrique Dussel e Miguez Bonino, ambos da Argentina. Esta foi a primeira geração. Seguiram-se outras.
3. Os muitos rostos dos pobres e oprimidos
A Teologia da Libertação partiu diretamente dos pobres materiais, das classes oprimidas, dos povos desprezados como os indígenas, negros marginalizados, mulheres submetidas ao machismo, das religiões difamadas e outros portadores de estigmas sociais. Mas logo se deu conta de que pobres-oprimidos possuem muitos rostos e suas opressões são, cada vez, específicas. Não se pode falar de opressão-libertação de forma generalizada. Importa qualificar cada grupo e tomar a sério o tipo de opressão sofrida e sua correspondente libertação ansiada.
Desmascarou-se o sistema que subjaz a todas estas opressões, construido sobre o submetimento dos outros e da depredação da natureza. Dai a importância do diálogo que a Teologia da Libertação conduziu com a economia políica capitalista. De grande relevância crítica foi a releitura da história da América Latina a partir das vítimas, desocultando a perversidade de um projeto de invasão coletivo no qual o colono ou o militar vinha de braço dado com o missionário. Esse casamento incestuoso produziu, segundo o historiador Oswald Spengler, o maior genocídio da história. Até hoje nem as potências outrora coloniais nem a Igreja institucional tiveram a honradez de reconhecer esse crime histórico, muito menos de fazer qualquer gesto de reparação.
Sem entrar em detalhes, surgiram várias tendências dentro da mesma e única Teologia da Libertação: a feminista, a indígena, a negra, a das religiões, a da cultura, a da história e da ecologia. Logicamente, cada tendência se deu ao trabalho de conhecer de forma crítica e científica seu objeto, para poder retamente avaliá-lo e atuar sobre ele de forma libertadora à luz da fé.
4. Como fazer uma teologia de libertação
Aqui cabe uma palavra sobre o como fazer uma teologia que seja libertadora, quer dizer, cabe abordar o método da Teologia da Libertação. O método seja talvez uma de suas contribuições mais notáveis que este modo de fazer teologia trouxe ao quefazer teológico universal. Parte-se antes de mais nada de baixo, da realidade, a mais crua e dura possível, não de doutrinas, documentos pontifícios ou de textos bíblicos. Estes possuem a função de iluminação mas não de geração de pensamento e de práticas.
Face à pobreza e à miséria, a primeira reação foi, tipicamente, jesuânica, a do miserior super turbas, de compaixão que implica transportar-se à realidade do outro e sentir sua paixão. É aqui que se dá uma verdadeira experiência espiritual de encontro com aqueles que Bartolomeu de las Casas no México e Guamán Poma de Ayala no Peru chamavam de os Cristos flagelados da história. Há um encontro de puro espírito com o Cristo crucificado que quer ser baixado da cruz. Esta experiência espiritual de compaixão só é verdadeira se der origem a um segundo sentimento o de iracundia sagrada que se expessa: “isso não pode ser, é inaceitável e condenável; deve ser superado”.
Destes sentimentos surge imediatamente a vontade de fazer alguma coisa. É nesse momento que entra a racionalidade que nos ajuda a evitar enganos, fruto da boa vontade mas sem crítica. Sem análise corre-se o risco do assistencialismo e do mero reformismo que acabam por reforçar o sistema. O conhecimento dos mecanismos produtores da pobreza-opressão nos mostra a necesidade de uma transformação e libertação, portanto de algo novo e alternativo. Em seguida, buscam-se as mediações concretas que viabilizam a libertação, sempre tendo como protagonista principal o próprio pobre. Aqui entra a funcionar outra lógica, aquela das metas, das táticas e estratégias para alcançá-las, das alianças com outros grupos de apoio e da avaliação da correlação de forças, do juizo prudencial acerca da reação do sistema e de seus agentes e da possibilidade real de avanço. Alcançada a meta, vale a celebração e a festa que congraçam as pessoas, lhes conferem sentimento de pertença e do reconhecimento da própria força transformadora. Então constatam empiricamente que um fraco mais um fraco não são dois fracos, mas um forte, porque a união faz a força histórica transformadora.
Resumindo: estes são os passos metodológicos da Teologia a Libertação: (1) um encontro espiritual, vale dizer, uma experiência do Crucificado sofrendo nos crucificados. (2) uma indignação ética pela qual se condena e rejeita tal situação como desumana que reclama superação;(3) um ver atento que implica uma análise estrutural dos mecanismos produtores de pobreza-opressão; (4)um julgar crítico seja aos olhos da fé seja aos olhos da sã razão sobre o tipo de sociedade que temos, marcada por tantas injustiças e a urgência de transformá-la; (5) um agir eficaz que faz avançar o processo de libertação a partir dos oprimdiso; (5) um celebrar que é um festejar coletivo das vitórias alcançadas.
Esse método é usado na linguagem do cotidiano seja pelos meios populares que se organizam para resistir e se libertar, seja pelos grupos intermediários dos agentes de pastoral, de padres, bispos, religiosos e religiosas e leigos e leigas cujo discurso é mais elaborado, seja pelos próprios teólogos que buscam rigor e severidade no discurso.
5. Contribuições da Teologia da Libertação para a teologia universal
A Teologia da Libertação, por causa da perspectiva dos pobres que assumiu, revelou dimensões diferentes e até novas da mensagem da revelação. Em primeiro lugar, ela propiciou a reapropriação da Palavra de Deus pelos pobres. Em suas comunidades e círculos bíblicos aprenderam comparar página da Bíblia com a página da vida e dai tirar consequências para sua prática cotidiana. Lendo os Evangelhos e se confrontando com o Jesus de Nazaré, artesão, factotum e campones mediterrâno, perceberam a contradição entre a condição pobre de Jesus e a riqueza da grande instituição Igreja. Esta está mais próxima do palácio de Herodes do que da gruta de Belém. Com respeito aprenderam a fazer suas críticas ao exerício centralizado do poder na Igreja e ao fechamento doutrinal face a questões importantes para a sociedade como é a moral familiar e sexual.
A Teologia da Libertação nos fez descobrir Deus como o Deus da vida, o Pai e Padrinho dos pobres e humildes. A partir de sua essência, como vida, se sente atraido pelos que menos vida têm. Deixa sua transcendência e se curva para dizer:”ouvi a opressão de meu povo…desci para libertá-lo”(Ex 3,7). A opção pelos pobres encontra seu fundamento na própria natureza de Deus-vida.
Revelou-nos também a Jesus como libertador. Ele é libertador, não porque assim o chamam os teólogos da libertação, mas por causa do testemunho dos Apóstolos. Ele libertou do pecado mas também da doença, da fome e da morte. Jesus não morreu. Foi assassinado porque viveu uma prática libertária que ofendia as convenções e tradições da época. Anunciou uma proposta – o Reino de Deus – que implicava uma revolução em todas as relações; não apenas entre Deus e os seres humanos, mas também na sociedade e nos cosmos. O Reino de Deus se contrapunha ao Reino de César, o que representava um ato político de lesa-majestade. O Imperador revindicava para si o título de Deus e até de “Deus de Deus”, coisa que o credo cristão mais tarde atribuirá a Cristo. A ressurreição, ao lado de outros significados, emerge como a inauguração do “novissimus Adam”(1Cor 15,45), como uma “revolução na evolução”.
Permitiu-nos identificar em Maria, não apenas aquela humilde serva do Senhor que diz fiat mas a profetiza que clama pelo Deus Go’El, o vingador dos injustiçados, aquele que derruba dos tronos os poderosos e eleva os humildes (Lc 1, 51-52). Ela clarificou também a missão da Igreja que é atualizar permanentemente, para os tempos e lugares diferentes, a gesta libertadora de Jesus e manter vivo seu sonho de um Reino de Deus que começa pelos últimos, os pobres e excluidos e que se estende até à criação inteira será finalmente resgatada, onde vige a justiça, o amor incondicional, o perdão e a paz perene.
6. A Teologia da Libertação como revolução espiritual
As reflexões que acabamos de fazer nos permitem dizer: a Teologia da Libertação produziu uma revolução teológico-espiritual. Não houve muitas revoluções espirituais no Cristianismo. Mas sempre que elas ocorrem, se resignificam os principais conteúdos da fé, como assinalamos acima, emerge uma nova vitalidade e a mensagem cristã libera dimensões insuspeitadas, gerando vida e santidade.
É a primeira teologia histórica que nasceu na periferia do cristianismo e distante dos centros metropolitanos de pensamento. Ela denota uma maturação inegável das Igrejas-filhas que conseguem articular, com sua linguagem própria, a mensagem cristã, sem romper a unidade de fé e a comunhão com as Igrejas-mães.
Nunca na história do cristianismo os pobres ganharam tanta centralidade. Eles sempre estiveram ai na Igreja e foram destinatários dos cuidados da caridade cristã. Mas aqui se trata de um pobre diferente, que não quer apenas receber mas dar de sua fé e inteligência. Trata-se do pobre que pensa, que fala, que se organiza e que ajuda a construir um novo modelo de Igreja-rede-de-comunidades. Os pastores de estilo autoritário não temem o pobre que silencia e obedece. Mas tremem diante do pobre que pensa, fala e participa na definição de novos rumos para a comunidade. São cristãos com consciência de sua cidadania eclesial.
A irradiação da Teologia da Libertação alcançou o aparelho central da Igreja Católica, o Vaticano. Influenciadas pelos setores mais conservadores da própria Igreja latinoamericana e das elites políticas conservadoras, as instâncias doutrinárias sob o então Card. Joseph Ratzinger reagiram, em 1984 e 1986, com críticas contra a Teologia da Libertação.
Mas se bem repararmos, não se fazem condenações cerradas. Tais autoridades chamam a atenção para dois perigos que acossam este tipo de teologia: a redução da fé à política e o uso não-crítico de categorias marxistas. Perigos não são erros. Evitados, eles deixam o caminho aberto e nunca invalidam a coragem do pensamento criativo. Apesar das suspeitas e manipulações que se fizeram destes dois documentos oficiais, a Teologia da Libertação pôde continuar com sua obra.
Por esta razão entendemos que o Papa João Paulo II, com mais espírito pastoral que doutrinal, tenha enviado uma Mensagem ao Episcopado do Brasil no dia 6 de abril de 1986 na qual declara que esta a Teologia da Libertação, em condições de opressão, “não é somente útil mas também necessária”.
Mas sobre a figura do então Card. Joseph Ratzinger pesa uma acusação irremissivel, que seguramente passará negativamente para a história da teologia: a de ter-se revelado inimigo da inteligência dos pobres e de seus aliados e de ter condenado a primeira teologia surgida na periferia da Igreja e do mundo que conferia centralidade à dignidade dos oprimidos.
Efetivamente, proibiu que mais de cem teólogos de todo o Continente elaborassem uma coleção de 53 tomos- Teologia e Libertação – como subsídio a estudantes e a agentes de pastoral que atuavam na perspectiva dos pobres. Mais que um erro de governo, foi um delito contra a eclesialidade e um escárneo aos pobres pelos quais deverá responder diante de Deus. Também para ele vale o dito: na tarde sua vida, os pobres serão seus juizes dos quais esperamos que tenham para com o Cardeal mais misericórdia que severidade, diante de tanta ignorância e arrogância de quem se poderia esperar apoio entusiasmado e acompanhamento diligente.
Ao contrário, muitos teólogos foram postos por ele sob vigilância, advertidos, marginalizados em suas comunidades, acusados, proibidos de exercer o ministério da palavra, afastados de suas cátedras ou submetidos a processos doutrinários com “silêncio obsequioso”. Esta rigidez não dminuiu ao fazer-se Papa, mas continuou com renovado fervor. Et est videre miseriam.
A Teologia da Libertação devolveu dignidade e relevância à tarefa da Teologia. Conferiu-lhe um inegável caráter ético. Os teólogos desta corrente, sem renunciar ao estudo e à pesquisa, se associaram à vida e a causa dos condenados da Terra. No apoio a seus movimentos correram riscos. Muitos conheceram a prisão, a tortura e outros o martírio. Ousamos dizer que a Teologia da Libertação junto com a Igreja da Libertação que lhe subjaz é um dos poucos movimentos eclesiais que no século XX conheceu o martírio, curiosamente praticados por cristãos repressores, atingindo leigos e leigas, religosas e religiosos, pastores, teólogos e teólogas não poupando mesmo bispos como Dom Angelelli da Argentina e Dom Oscar Arnulfo Romero de El Salvador. É o sinal da verdade desta opção pelos pobres.
Por fim, a Teologia da Libertação chama as demais teologias à sua responsabilidade social no sentido de colaborarem na gestação de um mundo mais justo e fraterno. Sua missão não se esgota numa diligência ad intra, ao espaço eclesial. Se ela não quiser escapar da indiferença e do cinismo deve se deixar mover pelo grito dos oprimidos que sobe das entranhas da Terra. Poucos são os que escutam esse clamor. Uma teologia que silencia diante do tragédia dos milhõs de famélicos e condenados a morrer antes do tempo, não tem nada a dizer sobre Deus ao mundo.
7. A Teologia da Libertação como revolução cultural
Por fim, a Teologia não representou apenas uma revolução espiritual. Ela significou também uma revolução cultural. Contribuiu para que os pobres ganhassem visibilidade e consciência de suas opressões. Gestou cristãos que se fazeram cidadãos ativos e a partir de sua fé se empenharam em movimentos sociais, em sindicatos e em partidos no propósito de dar corpo a um sonho, que tem a ver com o sonho de Jesus, o de construir uma convivência social na qual o maior número possa participar e todos juntos possam forjar um futuro bom para a humanidade e para a natureza.
É mérito da Igreja da Libertação com sua Teologia da Libertação subjacente ter contribuido decididamente na construção do Partido dos Trabalhadores, do Movimento dos Sem Terra, do Conselho Indigenista Missionário, da Comissão da Pastoral da Terra, da Pastoral da Criança, dos Hansenianos e dos portadores do virus HIV que foram os instrumentos para praticar a libertação e assim realizar os bens do Reino. Aqui o cristianismo mostrou e mostra a primazia da ortopraxis sobre a ortodoxia e a importância maior das práticas sobre as prédicas.
Nascida na América Latina, esta teologia se expandiu por todo o terceiro mundo, na Africa, na Asia, especialmente naquelas Igrejas particulares que penetraram no universo dos pobres e oprimdos e em movimentos dos paises centrais ligados à solidariedade internacional e ao apoio às lutas dos oprimidos, na Europa e nos Estados Unidos. De forma natural, ela se associou ao Forum Social Mundial e encontrou lá visibilidade e espaço de contribuição às grandes causas vinculadas ao um outro mundo possível e necessário, articulando o discurso social com o discurso da fé.
Em todas as questões abordadas, a preocupação é sempre essa: como vai a caminhada dos pobres e dos oprimdos no mundo? Como avança o Reino com seus bens e que obstáculos encontra pela frente, vindos da própria instituição eclesial, não raro tardia em tomar posições e insensível aos problemas do homem da rua e aqueles derivados principalmente das estratégias dos poderosos, decididos em manter invisíveis e silenciados os oprimidos para continuarem sua perversa obra de acumulação e dominação.
8. O futuro da Teologia da Libertação
Que futuro tem e terá a Teologia da Libertação? Muitos pensam e lhe interessa pensar assim que ela é coisa dos anos 70 do século passado e que já perdeu atualidade e relevância. Só mentalidades cínicas podem alimentar tais desejos, totalmente alienadas com o que passa com o planeta Terra e com o destino dos pobres no mundo. O desafio central para o pensamento humanitário e para a Teologia da Libertação é exatamente o crescente aumento do número de pobres e o acelerado aquecimento global e a opressão dos pobres. Lamentavelmente, cada vez menos pessoas, grupos e igrejas estão dispostos a ouvir seu clamor canino que se dirige ao céu. Uma Igreja e uma teologia que se mostram insensíveis a esta paixão se colocam a quilômetros luz da herança de Jesus e da libertação que ele anunciou e antecipou.
A Teologia da Libertação não morreu. Ela é atualmente mais urgente do que quando surgiu no final dos anos 60 do século XX. Apenas ficou mais invisível pois saiu do foco das polêmicas que interessam a opinião pública. Enquanto existirem neste mundo pobres e oprimidos haverá pessoas, cristãos e Igrejas que farão suas as dores que afligem a pele dos pobres, suas as angústias que lhes entristecem a alma e seus os golpes que lhes atingem o coração. Estes atualizarão os sentimentos que Jesus teve para com a humanidade sofredora.
No contexto atual de degradação da Mãe Terra e da devastação continuada do sistema-vida, a Teologia da Libertação entendeu que dentro da opção pelos pobres deve incluir maximamente a opção pelo grande pobre que é o Planeta Terra.
Ele é vítima da mesma lógica que explora as pessoas, subjuga as classes, domina as nações e devasta a natureza. Ou nos libertamos desta lógica perversa ou ela nos poderá levar a uma catástrofe social e ecológica de dimensões apocalípticas, não excluída a possibilidade até da extinção da espécie humana. A inclusão desta problemática, quiça, a mais desafiante de nosso tempo, fez nascer uma vigorosa Ecoteologia da Libertação. Ela se soma a todas as demais iniciativas que se empenham por um outro paradigna de relação para com a natureza, com outro tipo de produção e com formas mais sóbrias e solidárias de consumo.
Que futuro tem a Teologia da Libertação? Ela tem o futuro que está reservado aos pobres e oprimidos. Enquanto estes persistirem há mil razões para que haja um pensamento rebelde, indignado e compassivo que se recusa aceitar tal crueldade e impiedade e se empenhará pela libertação integral.
Ela não terá lugar dentro do atual sistema capitalista, máquina produtora de pobreza e de opressão. Ela só poderá existir na forma de resistência, sob perseguições, difamações e martírios. Mesmo assim, porque nenhum sistema é absolutamente fechado, ela poderá colocar cunhas por onde o pobre e o oprimido construirão espaços de liberdade. Por isso, a Teologia da Libertação possui uma clara dimensão política: ela quer a mudança da sociedade para que nela se possam realizar os bens do Reino e os seres humanos possam conviver como cidadãos livre e participantes.
Que futuro tem a Teologia da Libertação denro do tipo de Igreja-instituição que possuimos? Mantido o atual sistema, cujo eixo estruturador é a sacra potestas, o poder sagrado, centralizado somente na hierarquia, ela só poderá ser uma teologia no cativeiro e relegada à marginalidade. Ela é disfuncional ao pensamento oficial e ao modo como a Igreja se organiza hierarquicamente: de um lado o corpo clerical que detém o poder sagrado, a palavra e a direção, e do outro, o corpo laical, sem poder, obrigado a ouvir e a obedecer. Na esteira do Concílio Vaticano II, a Teologia da Libertação se baseia num conceito de Igreja comunhão, rede de comunidades Povo de Deus e poder sagrado como serviço.
Esta visão de Igreja foi nos últimos decênios praticamente anulada por uma política curial de volta à grande disciplina e pelo reforço à estrutura hierárquica de orgnização eclesial.
Assim se fecharam as portas à conciliação tentada pelo Concílio Vaticano II entre Igreja Povo de Deus e Igreja Hierárquica, entre Igreja-poder e Igreja-comunhão. O difícil equilíbrio alcançado foi logo rompido ao se entender a comunhão como comunhão hierárquica, o que anula o conteúdo inovador deste conceito que supõe a participação equânime de todos e a hierarquia funcional de serviços e não a hiierarquia ontológica de poderes. A burocracia vaticana e os Papas Wojtyla e Ratzinger nterpretaram o Vaticano II à luz do Vaticano I centralizando novamente a Igreja ao redor do poder do Papa e esvaziando os poucos órgãos de colegialidade e participação.
Não devemos ocultar o fato de que ao optar pelo poder a Igreja institituição optou pelos que também têm poder, numa palavra, os ricos. Os pobres perderam centralidade. A eles está reservada a assistência e a caridade que nunca faltaram. Mas quem opta pelo poder fecha as portas e as janelas ao amor e à misericórdia. Lamentavelmente ocorreu com o atual modelo de Igreja, burocrático, frio e nas questões concernentes à sexualidade, a homoafetividade, à AIDS e ao divórcio, sem misericórdia e humanidade.
Nestas condições, não há como fazer uma Teologia da Libertação como um bem da Igreja local e universal que toma a sério a questão dos pobres e da justiça social. Ela subverte a ordem estabelecida das coisas. Seu destino será a deslegitimação e a perseguição. Não será exagero dizer que ela vive e viveu o seu mistério pascal: sempre rejeitada, sempre sepultada e também sempre de novo ressuscitada porque o clamor dos pobres não permite que ela morra.
Mas na Igreja instituição, apesar de suas graves limitações, sempre há pessoas, homens e mulheres, padres, religiosos e religiosas e bispos que se deixam tocar pelos crucificados da história e se abrem ao chamado do Cristo libertador. Não apenas socorrem os pobres mas se colocam do lado deles e com eles caminham buscando formas alternativas de viver e de expressar a fé.
Qual o futuro da Teologia da Libertação? Ecumênica desde seus inícios, ela vicejará naquelas Igrejas que se remetem ao Jesus dos evangelhos, àquele que proclamou benaventurados os pobres e que se encheu de compaixão pelo povo faminto e que, num gesto de libertação, multiplicou os pães e os peixes. Estas Igrejas ou porções delas, ousadamente mantem a opção pelos pobres contra a sua pobreza. Entenderão esta opção como um imperativo evangélico e a forma, talvez a mais convincente, de preservar o legado de Jesus e de atualizá-lo para os nossos tempos.
9.Onde encontrar hoje a Teologia da Libertação
Qual será o futuro da Teologia da Libertação? Está em seu presente. Ela continua viva e cresce, com caráter ecumênico, na leitura popular da Bíblia, nos círculos bíblicos, nas comunidades eclesiais de base, nas pastorais sociais, no movimento fé e política e nos trabalhos pastorais nas periferias das cidades e nos interiores do paises. Neste nivel e por sua natureza ecumênica e popular esta teologia, de certa forma, escapa da vigilância das autoridades doutrinárias.
Ela é a teologia adequada àquelas práticas que visam a transformação social e a gestação de um outro modo de habitar a Terra. Se alguém quiser encontrar a Teologia a Libertação não vá às faculdades e institutos de teologia. Ai encontrará fragmentos e poucos representantes. Mas vá às bases populares. Ai é seu lugar natural e ai viceja vigorosamente. Ela está reforçando o surgimento de um outro modelo de Igreja mais comunitário, evangélico, participativo, simples, dialogante, espiriual e encarnado nas culturas locais que lhe conferem um rosto da cor da população, em nosso caso, indio-negro-latinoamericano.
Alçando a vista numa perspectiva universal, tenho uma como que visão. Vejo a multidão de pobres, de mutilados, aqueles que o Apocalipse chama “de sobreviventes da grande tribulação” (7,14) cujas lágrimas são enxugadas pelo Cordeiro, organizados em pequenos grupos erguendo a bandeira do Evangelho eterno, da vida e da libertação. Seguidores do Servo sofredor e do Profeta perseguido e ressuscitado a eles está confiado o futuro do Cristianismo, disseminado no mundo globalizado em redes de comunidades, enraizado nas distintas culturas locais e com os rostos dos seres humanos concretos. Deixando para trás a pretensão de excepionalidade que tantas separações trouxe, se associarão a outras igrejas, religiões e caminhos espirituais no esforço de manter viva a chama sagrada da espiritualidade presente em cada pessoa humana.
Dentro deste tipo comunional e de mútua aceitação das diferentes igrejas, a Teologia da Libertação terá um lugar natural. Ela recolherá reflexivamente os esforços dos cristãos pelo resgate da dignidade dos pobres e da dignidade e dos direitos da Terra e animará a caminhada da humanidade rumo a um mundo que ainda não conhecemos mas que cremos estar alinhado àquele que Jesus sonhou.
Então, Teologia da Libertação terá cumprido a sua missão. Comprenderá que no binômio Teologia da Libertação, o decisivo não é a Teologia mas a Libertação real e histórica, porque esta e não aquela é um dos bens do Reino de Deus.
Leonardo Boff
Leonardo Boff, 1938, doutorado em teologia e filosofia, foi durante mais de 20 anos professor de teologia sistemática no Instituto Teológico Franciscano de Petrópolis e depois professor de ética, filosofia da religião e de ecologia filosófica na Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Foi professor visitante em várias universidades estrangeiras e galardoado com vários dr.h.c. Escreveu mais de 80 livros nas várias áreas teológicas e humanísticas e sempre se entendeu no âmbito da Teologia da Libertação.

Bizu


Recupere a visão de quem você é no coração do Eterno. Observo muitas pessoas com visão turbada não sabem mais quem são e o que elas são para Deus. Permita que Jesus toque em seus olhos, torne a enxergar a beleza das flores.

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Bizu


Sabe porque temos tanta fome no mundo? Por que quem tem muito não divide com quem tem pouco. Compartilhe o que tens e verás o que Deus fará em sua vida.

sábado, 1 de setembro de 2012


Uma noiva que com vestido rasgado exibe suas vergonhas. Não nos espanta, ó Deus, que o mundo não possa conhecer   que tu o enviaste.

Marília De Camargo César.

Santo Agostinho
Em seu livro Sobre o livre arbítrio (em latim: De libero arbitrio) Agostinho responde de ao problema filosofico do mal de forma filosófica, demonstrando também filosoficamente que Deus não é o criador do mal. Pois, para ele, tornava-se inconcebível o fato de que um ser benevolente, pudesse ter criado o mal.
A concepção que Agostinho tem do mal, tem como base teoria platônica e a desenvolve. Assim o mal não é um ser, mas sim a ausência de um outro ser, o bem. O mal é aquilo que "sobraria" quando não existe mais a presença do bem. Deus seria a completa personificação deste bem, portanto o mal não seria oriundo da criação divina, mas seu antagonista por excelência, na condição de fruto do seu afastamento. No diálogo com seu amigo Evódio, Agostinho explica-lhe que a origem do mal está no livre-arbítrio concedido por Deus. Deus em sua perfeição, quis criar um ser que pudesse ser autônomo e assim escolher o bem de forma voluntária, um ser consciente. O homem, então, é o único ser que possuiria as faculdades da vontade, da liberdade e do conhecimento. Por esta forma ele é capaz de entender os sentidos existentes em si mesmo e na natureza. Ele é um ser capacitado a escolher entre algo bom (proveniente de Deus em uma criação perfeita) e algo mau (a prevalência da vontades humanas inperfeitas e que afetam negativamente a criação da perfeição idealizada por Deus).
Entretanto, por ter em si mesmo a carga do pecado original de Adão e Eva, estaria constantemente tendenciado a escolher praticar uma ação que satisfizesse suas paixões (a ausência de Deus em sua vida). Deus, portanto, não é o autor do mal, mas é autor do livre-arbítrio, que concede aos homens a liberdade de exercer o mal, ou melhor, de não praticar o bem. Esse argumento também implica que o ser humano tem direito de escolha sobre sua própria vida, não é apenas um ser programado. E se, segundo Agostinho, o bem é apreciado por Deus e a prática perfeita, todas as ações por ele inspiradas se tornam virtuosas e louváveis. Sendo que em um universo de seres não conscientes e que não têm livre-arbítrio, as práticas do bem e do mal seriam programadas e não poderiam ser classificadas como boas ou ruins.

אני רודף אחר חוקיך, מחד 
Eu sigo Suas leis, por um lado 
(aní rodêf achár chokêcha, meichád)
 
מאידך תשוקתי אותי רודפת
 E por outro, minhas paixões me perseguem.
(meidách tshukatí otí rodéfet)
 
 בוש ונכלם אבוא בשעריך
 Envergonhado, entrarei pelos seus portões 
(bush ve nechlâm avó be shearêiach) 
 
 והלילות הארוכים והבדידות ושנים
E as noites longas, e a solidão e os anos
(ve ha leilót ha-aukím, ha-bedidút ve ha-shaním)
 
 והלב הזה שלא ידע מרגוע
 E esse coração que não teve paz
(ve ha-lêv hazé she-ló idêa margoa)
 
 עד שישקוט הים, עד שינוסו הצללים 
Até que o mar se acalme, até que as sombras desapareçam
(ad she eshkót ha-iâm,ad she ianússu ha-tsilalím)
 
לאן אלך, אנה אפנה, כשעיניך מביטות בי
Para onde irei, para onde me volto, quando os Seus olhos me olham?
(leân elêch, ána efnê, kshê einêicha maitót bi)

איכה אברח, איך לא אפנה
Para onde fugirei, como posso não me afastar?
(eichá evrách, eich ló efanê)

בין אמת לאמת
Entre a verdade e a verdade
(bin emét le emét)

בין הלכה למעשה
Entre a Lei e a prática
(bin alachá le ma'assé)

בין הימים ההם לזמן הזה
Entre os tempos antigos e os modernos
(bin ha iamím ha-hem la zman ha zé)

בין הנסתר לנגלה
Entre os dias escondidos e os revelados
(bin ha-nistár la niglê)

בין העולם הבא לעולם הזה
Entre o mundo por vir e este
(bin ha olâm ha-bá, la olâm ha zé)

רודף אחר חוקיך, מאידך תשוקתי אותי שורפת
Eu sigo Suas leis, e por outro lado minhas paixões me queimam
(rodêf achár chokêcha, meidách tishukatí otí soréfet)

עזה כמוות, איומה כנדגלות
Ferozes como a morte terrível como tropas com bandeiras
(Azá kamavét aiumá ki nigdgalót)

הלילות הארוכים והבדידות והשנים
As longas noites, e a solidão e os anos
(ha leilót ha-arukím, ha bedidút ve ha-shaním)

והלב הזה שלא ידע מרגוע
E este coração que ainda não conheceu a paz
(ve ha-lêv ha zé she-lóidêa margôa)

עד שישקוט הים, עד שינוסו הצללים
Até que o mar se acalme, até que as sombras desapareçam
(ad she ieshkót ha-iâm ad she ianússu ha-tsilalím)

השיבני
Me traga de volta!
(hashivêni)
 

sábado, 19 de maio de 2012

Agenda do Pastor Alexandre Reis

Contatos 7801-6859/87604964 (Falar com Irmã Elaine)

Abril

Dia 22.04.12 PIB Sepetiba Aniversario da Igreja

Maio

Dia 02.05.12 Igreja Batista Aliança
Dia 09.05.12 Igreja Batista Aliança
Dia 20.05.12 Igreja Batista Água da Vida (Antiga PIB Frutuoso) Jesuíta
Dia 26.05.12 Igreja Assembleia de Deus  ( Em Santa Cruz)
Dia 27.05.12 PIB Senador Camará

Junho

Dia 02/06/12 IBBN (Lote 14/Santa Cruz/ Contato Pr. Reinaldo Delfino) Palestra/Casais
Dia 03/06/12 Igreja Batista Aliança
Dia 09/06/12 Festividade
Dia 16/06/12 PIB de Anchieta
Dia 19/06/12 Igreja Pentecostal em Vila Kenedy (Carlos)
Dia 24/06/12 Igreja Batista Aliança

Julho

Dia 01/07/12 Igreja Batista em Itaguaí 31 de Dezembro (Pr. Marcos Nunes) Transferido
Dia 07/07/12 PIB Santa Cruz (Irmão Sergio) Cancelado pelo Pr. Alexandre Reis
Dia 07/07/12 Assembleia de Deus em Valqueire (Carlinhos)
Dia 22/07/12 Igreja Batista Memorial de Cosmo (Claudia/Marcos) Congresso Adolescente
Dia 28/07/12 Igreja Batista Nova Esperança/ Congresso Juventude
Agosto
Dia 04/08/12 Igreja Casa de Oração em Seropédica (Pr. Paulo Henrique)
Dia 05/08/12 Igreja Batista em Itaguaí 31 de Dezembro (Pr. Marcos Nunes)
Dia 25/08/12 Igreja Batista Água da Vida (Antiga PIB Frutuoso) Jesuíta Congresso Jovem
Dia 26/08/12 PIB de Senador Camará Congresso dos Adolescentes (Pr. Joseny)

Setembro

27/09/12 Assembléia de Deus (Pr. Elísio)
Aliança
Aliança
Outubro

Devido  a muitas saídas do meses anteriores o mês de Outubro ficarei na Igreja Batista da Aliança,  na qual sou Pastor auxliar.

Novembro

04/11/12 Igreja do Evangelho Quadrangular (Pastora Margarete)

Dezembro

09/12/12 Pib de Paciência (Pastor Jair)

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Povo sofrido x Malandros de Púlpito  

O nosso povo, é sofrido, um povo que trabalha e busca os seus ideais; E com isso notamos algumas instituições que na verdade não merecem o título "igreja" aproveitando-se de muita gente sofrida, gente que tem sonhos e surgi a oferta de "prosperidades, vitorias, curas e vitórias" o nosso povo vai em busca desses "milagres" agente só quer vitoria, dizem que nascemos para ganhar vencer e vencer, afinal o que é milagre? Tenho me deparado com pessoas "desiludidas" com a igreja com Deus e com o mundo, interessante dizer que o que deveria fazer o bem está nos deixando péssimos. Uma sociedade consumista, individualista e tantas outras coisas, culpa de uma má observação da Palavra de Deus. Estou preocupado aonde isso irá parar? Olhamos para a igreja e nos tornamos pessoas "pedintes" arrogantes, geladeiras humanas, pessoas com problemas "oftalmológicos" sabem o que é né? já me ouviram falar isto na igreja aos Domingos, pois bem, e diante desta luta implacável pela sobrevivência buscamos o TER e não o SER, enquanto não realizamos nos tornamos pessoas frustradas, precisamos realizar para poder saciar essa ANSIEDADE crônica em ter alguma coisa que tanto nos rodeia. O nosso povo não está preparado para a realidade e nem ser confrontado com a verdade, que nem tudo que "desejamos iremos ter" mas precisamos amar tudo o que temos, pois vem do Pai das luzes. Esquecemos de esperar em Deus e saber que do amanha Ele cuida. Líderes sejamos mais verdeiros e humanos com as pessoas que nos ouvem e acreditam naquilo que pregamos Pr. Alexandre Reis a paz!

sexta-feira, 2 de março de 2012

Simbologia Bíblica


Simbologia Bíblica
1-     Árvore (Oliveira)

     (Romanos 11-17:25)

O uso mais forte da oliveira na bíblia está em Romanos 11, onde Paulo explica a relação entre Israel (o povo Judeu e contínua aliança de Deus) e a Igreja. Na verdade os capítulos 9-11 do livro de Romanos, inteiramente, focalizam a imagem da oliveira, Paulo diz que a oliveira representa Israel na expressão de fidelidade e perseverança, ambas relacionados ao compromisso de Deus com as suas alianças e as suas promessas, aqueles que se desviarem desta relação serão cortados.

Os Judeus descrentes são os galhos que foram cortados da oliveira de Deus. Os gentios cristãos são somente galhos silvestres que foram enxertados.



2-     Relvas/ Plantas Baixas

      (Cantares 2:1)

Eu sou a rosa de Sarom, o lírio dos vales. Originária do Extremo Oriente, as rosas conquistaram o mundo com seu perfume e cores exóticas. A rainha das flores é também a mais romântica e a de fragrância mais suave. Com apenas cinco pétalas e cores limitadas, 200 espécies nativas deram origem a mais de três mil tipos diferentes de rosas, fruto da imaginação e dedicação de roseiristas   e             mestres         em      manipulação            genética.
Atualmente, apresentam setenta a cem pétalas e tonalidades que vão do azul ao branco?Creme, em dégradé que assume um vermelho intenso junto à margem das pétalas. O tamanho e o odor também foram alterados. As rosas nativas não passavam de três centímetros de diâmetro, ao passo que as híbridas de hoje chegam a 15 centímetros. Uma rosa híbrida é fruto de muito trabalho.

Cem mil brotos retirados de cruzamentos anteriores são selecionados. Um ano depois, 20 mil mudas, as melhores dentre as cem mil, são escolhidas. Por três anos, essas mudas são submetidas a testes de resistência, floração e enxertos. Separam-se então as 1.500 melhores e dessas, 100 são classificadas e enviadas aos campos de testes de diversos países do mundo. Durante nove anos selecionam-se as 30 melhores. No décimo ano, 3 ou 4 rosas são escolhidas e apenas uma será catalogada.
Jesus foi chamado de a Rosa de Sarom. O nome é bem aplicado, levando-se em conta ser essa, uma daquelas rosas de apenas cinco pétalas. Jesus não veio com o luxo deste mundo. Sua aparência era a de um homem comum do povo. De cada cem mil brotos de roseiras variadas, a mão do homem consegue produzir uma única rosa em condição de ser catalogada. Jesus também é único entre milhares. “E não há salvação em nenhum outro” (Atos 4:12).
No sexto século d.C., o cristianismo adotou as pétalas e a cor vermelha da rosa como símbolos das chagas e do sangue de Jesus. Da rosa, Ele trouxe a fragrância, o perfume da salvação. Dez mil quilos de pétalas são necessários para extrair um quilo de essência de rosas. Uma coisa apenas é necessária para sentir o perfume da salvação que exala da Rosa de Sarom: confiar em Jesus.
A
sua única flor pode ser o seu jardim. Com Jesus, porém, você tem não somente um jardim, mas todas as flores do mundo, um oceano de amor, um firmamento de esperança, um céu de salvação.


3-     Jardim

     (Cantares 4:12-15)

 O noivo compara aquela que ele ama a um jardim. Toda delícia possível é encontrada ali, e nela. Um jardim, um riacho, uma fonte, um pomar, frutas, doçura, perfumes, um paraíso (que é o significado de tudo isso).
O jardim da sulamita era provavelmente, um local fechado e protegido, cheio de beleza e de sombra. Como a água era escassa, os proprietários fechavam as fontes com argila que endurecia ao sol e servia de proteção para o abastecimento de água. As duas metáforas sugerem acesso restrito e a figura de linguagem significa que a noiva era virgem. A sulamita realmente havia se guardado para seu amado, dando testemunho de seu compromisso e fidelidade ao parceiro e á intimidade exclusiva de ambos. Embora Salomão desviasse esse compromisso, os propósitos de Deus para o casamento não foram alterados.

4-     Animais

          (Apocalipse 5:1-14)
Digno É o Cordeiro. O Senhor, sentado no seu trono, é digno de louvor. Mas quem é digno de abrir o livro que revela os planos dele? Não há homem, nem anjo, que possa chegar à presença de Deus para receber o livro. Esta descoberta triste encontra sua solução em Jesus, o Leão de Judá e Cordeiro de Deus.
O leão da tribo de Judá é um titulo messiânico. No antigo testamento o Senhor passou pelo Egito e matou o filho primogênito de todos os lares exceto daqueles que haviam aspergido o sangue do cordeiro imaculado nos batentes das portas. João identificou Jesus como o cordeiro de Deus, e Pedro ensinou que o cordeiro imaculado, Jesus, havia garantido a salvação para todos aqueles que crerem nele.
O cordeiro também na visão de João tinha sete chifres e sete olhos, no Antigo Testamento, o chifre é símbolo de força, os sete chifres representam à plenitude do poder que o cordeiro possui. Os olhos do cordeiro são identificados como os sete Espíritos de Deus.

5-     Montes

(Josué 11.16, Josué 20.7)

“A região montanhosa de Israel” e a “região montanhosa de Judá” significa a região elevada em oposição ao vale ou á planície. Semelhantemente, a região montanhosa de Efraim é uma referência a todo aquele território montanhoso ocupado pela tribo de Efraim, onde se acham o monte Gaás, o monte Zemaraim e as cidades de Siquém, Samir e Timnate-Serate (2Cr 15.8). Do mesmo modo, quando se diz região montanhosa dos amorreus faz-se referência ás terras elevadas que ficam a leste do mar Morto e do Jordão. A região montanhosa de Naftali é uma referência ao território elevado cedido á tribo de Naftali. O monte do vale (Js 13.19) era um distrito a leste do Jordão, dentro do território cedido a Rúben, contendo certo número de cidades.  

Pr. Alexandre Reis

Literatura Poética x Literatura Profética


É correto usar uma literatura poética como uma literatura profética?

Analisando alguns textos bíblicos, olhando-os de uma forma mais analítica pude encontrar em alguns textos, possíveis interpretações que valem a pena serem analisados. Os textos são:

Salmo de nº. 2, 45,110. Tidos como salmos messiânicos.


O salmo de nº. 2 diz-nos o seguinte:

Salmo 2 (a rebelião das nações e a vitória do messias)

Fazendo uma leitura do texto cheguei a uma seguinte conclusão:

Analise de  Pr. Alexandre Reis

         Vários salmos são chamados messiânicos, por causa das alusões proféticas a Jesus, o messias. Eles falam acerca de sua vida, sua morte, sua ressurreição e de seu futuro reinado. Davi, o provável autor deste salmo foi pastor de ovelhas, soldado e rei. Ele também foi profeta (At2.29,30), por que descreveu a futura rebelião das nações e a vinda de Cristo para estabelecer seu reino eterno. Este salmo é frequentemente mencionado no NT (Hb 1.5,6; 5.5).

         Davi pode ter escrito este salmo durante uma conspiração de algumas nações pagãs contra Israel. Escolhido e ungido por Deus, Davi sabia que o Eterno cumpriria sua promessa de trazer o Messias ao mundo através de sua posteridade (2 Sm 7.16; 1Cr 17.11,12).

         Este salmo real, provavelmente ligado à cerimônia de entronização de um novo rei, contrasta a rebelião de um rei terreno com a grandeza e o poder de Deus. A coroação de um novo rei em Israel aparentemente era seguida de uma explosão de tumultos e de rebelião por parte das nações dominadas por Israel. Por conseguinte, o rei de Israel fazia valer sua autoridade como ungido de Deus ( Messias). A revolta contra o povo de Deus é interpretada como rebelião contra Deus.


Interpretação do Rev. Derek Kidner (Diretor, tyndale house, cambridge)

Logo no inicio de sua interpretação, o comentarista diz que o salmo entra diretamente no seu tema, e o por que inicial define a tonalidade da sua abordagem: surpresa mediante a rejeição insensata do domínio de Deus e do soberano estabelecido por Ele. Conspirar deixa de captar a nota de turbulência que se v~e noutras versões, e é interessante notar em 1b que imaginar é o verbo que se traduz “ meditar” em 1:2( surge a idéia de murmurar consigo mesmo) o descontentamento vai se cristalizando lentamente até se transformar na resolução do v3 uma reação tipicamente cega ao jugo suave de Deus e “laços de amor” (cf. Os 11:4) At 4:25-28 vê aqui uma profecia do calvário, sendo que os papéis de reis e príncipes são desempenhados por Herodes e Pilatos, respectivamente, e os dos gentios e povos, pelos “gentios e povos de Israel” ( plural, como  no salmo unidos contra o ungido do Senhor. Segundo Derek este salmo fala do menosprezo Divino e do decreto Divino, o autor relata que o decreto desenvolve a promessa de adoção dada ao herdeiro de Davi  (“ Eu lhe serei por pai, e ele me será por filho”) aqui as palavras podem ter sido falada como oráculos ou lidas em voz alta.
         O autor diz que “Os Reis estão convocados” tendo em vista o que foi dito acima, oferece-se ás nações amotinadas do prólogo a única esperança que é a submissão. Trata-se porém, de um convite mais do que um ultimato; a graça irrompe completamente na linha final. Sede  prudentes e deixai-vos advertir são expressões favoritas dos escritos de sabedoria. A presença delas, neste mais real de todos os salmos, deve nos advertir contra tornarmos por demais rígidas estas categorias literárias. Sendo que “ os caminhos do Senhor são justos” a bíblia nunca força uma separação entre autoridade e verdade, ou entre sabedoria e obediência.

         As quatros palavras hebraicas que abrangem a divisão entre estes dois versículos têm-se constituído em problema para os tradutores desde tempos mais antigos. Então fica claro para o autor que o sentido geral deste salmo é o de uma conclamação de submissão a Javé e ao Seu Ungido.  
                                                                         

Comentário de F.F BRUCE


         Segundo o autor esse salmo foi escrito especificadamente para uma coroação, ou talvez em algum momento critico em que o reinado do Rei foi ameaçado. O autor relata que o poeta pode ter sido o próprio rei, pois o salmo é atribuído a Davi e a Salomão (segundo kirkpatrick), ou a um profeta da corte ou um sacerdote.
         Há quatro estrofes bem definidas. Os versículos 1-3 descrevem a conspiração inútil dos reis terrenos, enquanto os versículos 4-6 mostram a reação do Rei celestial. Nos versículos 7-9, o rei davídico cita a sua autorização divina e o salmo conclui (v10-12) com a proclamação de um ultimato aos rebeldes. Essa interpretação teológica do papel do rei Davi vai muito além da realidade da experiência da monarquia. Nenhum rei de Judá nem mesmo Davi chegou a exercer domínio mundial. À medida que os reis se afastavam cada vez mais desse ideal posto diante deles, os homens olhavam para o futuro, ou seja, o cumprimento da promessa divina a Davi. Após a queda de Jerusalém em 587 a.C. e o fim da monarquia, salmos como esse passaram a s ser compreendidos e usado de forma profética e messiânica.


Salmo 110 diz-nos o seguinte (o reino, o sacerdócio e a vitória do messias)
                
Analise de Pr. Alexandre Reis

         Este salmo era usado durante a cerimônia de coroação dos reis da linhagem de Davi, para enfatizar que a autoridade do rei emanava do próprio Senhor. Como representante especial de Deus, o rei desempenhava o papel de sacerdote Melquisedeque, rei de salém e sacerdote do Deus altíssimo, abençoou Abraão depois do resgate de Ló. O salmo 110 é frequentemente citado no Novo Testamento em relação a Cristo. Jesus é o nosso Sumo Sacerdote e Rei.

          As prerrogativas do Messias, realeza universal e sacerdócio perpétuo, não decorrem de nenhuma investidura terrestre, como tampouco as do misterioso Melquisedeque, Cristo realiza literalmente este oráculo Cristo ressuscitado está sendo a direita do Pai.


Interpretação de F.F BRUCE
        
         Algumas partes desse salmo são muito preciosas para o cristão que aprendeu com base no NT a aplica-lo á obra de Cristo. Por trás dessa plenitude de significados, está uma longa historia pré-cristã. Infelizmente o seu significado original não está totalmente claro em alguns lugares; isso fica evidente quando comparado a possíveis interpretações só texto em outras versões como a da NVI. Para simplificar a reflexão, sugere o autor seguir uma analise do texto pela a NVI. Em sua origem esse foi um salmo régio recitado por um poeta da corte em honra ao rei davídico, evidentemente em alguma ocasião especial com a sua coroação. Dois oráculos divinos são citados, e cada um é ampliado pelo salmista.


Salmo 45 diz-nos o seguinte (a descrição profética da união entre Cristo e a sua igreja)
                
Analise de Pr. Alexandre Reis


         Este salmo é classificado como messiânico, por que descreve profeticamente o relacionamento do Messias com a igreja. No versículo 2 deste salmo vemos as abundantes bênçãos de Deus sobre o seu ungido; dos versículos seis a oito encontramos o cumprimento delas em Cristo (Hb 1.8,9).

Interpretação do Rev. Derek Kidner (Diretor, tyndale house, cambridge)

Derek diz que: esta benção pronunciada sobre um casamento é tão deslumbrante como a ocasião que acompanha. O esplendor esterno do evento se evoca em cada linha, e, por baixo da superfície, podemos sentir quão momento ele é para as duas personalidades centrais: tanto um fim como um novo começo(10-11,16-17), fundamental não apenas para ele, como também para o reino, cujo futuro se vincula como filhos que produzirão. Além disto, o salmo é messiânico. Os parabéns para a família real repentinamente se desabrocham em honrarias divinas(6-7), e o Novo Testamento as interpreta conforme a inteireza do seu valor.
         Este ultimo fato tem implicações possíveis para outro exemplo de poesia de casamento, cantares de Salomão, pois, pela sua linguagem e seu título, cânticos de amor, o salmo entra tão claramente na categoria de poesia literalmente nupcial como cantares, e, ao mesmo tempo, fala indubitavelmente de Cristo. Como prova bastaria que um nível de significado não precisa excluir o outro, mas Efésios 5:32-33 coloca o assunto além das dúvidas.

Interpretação de F.F BRUCE
         Segundo Bruce, não pode haver duvidas de que cânticos como esse eram cantados em casamentos da realeza durante o período da monarquia Israelita. É impossível no entanto identificar o rei especifico para quem esse cântico foi originalmente composto. Alguns comentaristas dizem que foi para um rei do norte (Acabe, Jeú ou Jeroboão ll) outros dizem que foi para um monarca davidico (salomão, ou Jeorão). Em geral se pensa que a noiva foi uma estrangeira possivelmente de Tiro ou do Egito. Numa data posterior, provavelmente depois da interrupção da monarquia, o salmo recebeu uma interpretação messiânica (assim o targum), em que a noiva representava Israel. No pensamento cristão, ele é aplicado a Cristo e à igreja como sua noiva. No livro de orações, foi designado para o Dia de Natal.

OBRAS CONSULTADAS
FRANCIS, FOULKES: Salmos  introdução e comentário, editora mundo cristão

RUSSEL, NORMAM CHAMPLIN: O novo testamento interpretado, versículo por versículo: editora S/a.

MYER PEARLMAM: Através da bíblia livro por livro: editora vida.

F.F BRUCE: Introdução e comentário: editora mundo cristão.

F.F BRUCE: Comentário Bíblico NVI: Antigo e Novo Testamento: Editora Vida

ALEISTER CROWLEY: Liber LVIII Guematria um Artigo sobre qabalah. (THE TEMPLE OF SALOMON THE KING EDITADO POR ERNANDO AIWASS LIGVORI).


A BÍBLIA SAGRADA. Versão digital 6.0, programada por: Marcelo Ribeiro de Oliveira, 2006.

Bíblia DE JERUSALÉM: Nova edição, revista e ampliada, paulus 2002.

DEREK KIDNER: Salmos introdução e comentário, salmos 1-72.


DEREK KIDNER: Salmos introdução e comentário, salmos 75-100.





Qual nome que devemos clamar?


O nome que devemos clamar.



Louve seu santo nome!
Hallelu Yah
A fim de adorar uma deidade verdadeiramente (ou D-us), algo que evemos saber é o seu nome. Isto tem sido verdade através das eras. O homem tem feito para si mesmo deuses de pedra, madeira, ferro, etc... e em todos estes casos eles dão nomes aos deuses. través da história do homem ele tem tido deuses místicos. A estes também foram dados nomes e os seguidores destas religiões chamaram a deidade por este nome. O nome refere-se à natureza ou tipo de deus que o homem procura, tal como:  Me'ni -> que significa Destino ou Fama Gad -> que significa Fortuna.
Júpiter, a forma latina do deus grego Zeus, o mais alto deus nos céus, provedor de luz, controlador do tempo, curador, libertador das vitórias na batalha. Os nomes são  importantes, e se os nomes dos pagãos místicos, deuses feitos por mãos humanas são importantes em seus frutos de adoração e reverência, tanto mais importante deve ser o nome na adoração do verdadeiro e Eterno Deus.


 Os primários nomes de "EL" Os primeiros registros da comunicação do homem com Seu Criador nós o encontramos no livro de Gênesis (escrito em hebraico), e ele é conhecido por EL. EL é o mais primitivo nome semítico, e sua raiz provavelmente significa "Forte". É encontrado em nomes compostos antigos, nomes próprios tais como Beth-EL = casa de EL; IsraEL = provavelmente soldado de EL; Daniel = EL é meu juiz. O homem veio para conhece-lo como o único que pode responder à oração e que pode livrar, se o homem puder ser obediente à Ele. Com o passar do tempo, o homem conheceu-o como (hebraico) EL-Ohim, "Pleno em Poder", e também EL-Shaddai, que é "EL Todo-Poderoso" (Deus Todo-Poderoso), o Todo-Poderoso Provedor. Então eles descobriram que Ele era o Todo-Poderoso e o Provedor de todas as suas necessidades.

 Qual é o seu nome?

Enquanto Moisés estava cuidando das ovelhas no Monte Horebe (Sinai) em Ex 3:1-17, o Todo-Poderoso fala a ele e dá-lhe uma atribuição: liderar os filhos de Israel para fora do Egito até a terra prometida de Canaã. Os versos 11-13 dizem o seguinte: "Então Moisés disse a Deus: Quem sou eu, que vá a Faraó e tire do Egito os filhos de Israel? E disse: Certamente eu serei contigo; e isto te será por sinal de que eu te enviei: Quando houveres tirado este povo do Egito, servireis a Deus neste monte. Então disse Moisés a Deus: Eis que quando eu for aos filhos de Israel, e lhes disser: O Deus de vossos pais me enviou a vós; e eles me disserem: Qual é o seu nome? Que lhes direi?

Qual é o Seu nome?

Esta pergunta e a resposta a ela tem deixado uma marca perpétua na adoração e no relacionamento do homem com o Seu Criador. O homem tinha conhecido-o como EL, EL-SHADDAI, ELOHIM. Mais aqui o Todo-Poderoso dá seu nome ao homem (vv. 14-15): "E disse Deus a Moisés: EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós. E Deus disse mais a Moisés: Assim dirás aos filhos de Israel: O SENHOR Deus de vossos pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó, me enviou a vós; este é meu nome eternamente, e este é meu memorial de geração em geração".  Quando lemos estes versos em português, vemos em letras maiúsculas "EU SOU O QUE SOU", o que seria melhor traduzido por "Eu me torno aquilo que me torno". Qual significado ele deve Ter? Que importância! O Todo- Poderoso disse: "...este é meu nome eternamente, e este é meu memorial de geração em geração".

A Enciclopédia.
Segue-se tópicos de três enciclopédias: Enciclopédia Judaica, página 680

"Y-H-W-H" O nome pessoal do Deus de Israel é escrito na bíblia em hebraico com quatro consoantes YHWH (hebraico) que é conhecido como tetragrama.

No mínimo, até a destruição do Templo (primeiro) em 586 AC. este nome era pronunciado regularmente com suas próprias vogais, como está claramente dito nas cartas de Laquis, escritas não muito depois desta data. Mas a partir do terceiro século antes de Cristo a pronúncia do nome YHWH foi evitada, e Adonai, "O Senhor" a substituiu...

YHWH - Quando os eruditos da Europa começaram a estudar o hebraico, eles não entendiam o que isso realmente significava e eles introduziram o nome híbrido "Jeová". A verdadeira pronúncia do nome YHWH nunca se perdeu. Vários escritores gregos da época da Igreja Primitiva testificaram que o nome era pronunciado "Yahweh". Isto é confirmado, no mínimo pela vogal na primeira sílaba do nome, pela forma abreviada YAH, que algumas vezes foi usada de forma poética (p. ex.; Ex 15:2) e o YAHU ou YAH serve como sílaba final em vários nome de hebreus.

A explicação do nome é dada em Ex 3:14, Ehehey-Asher-Ehehey, Eu sou o que sou, dado como uma etimologia popular, como na explicação de nomes bíblicos, até certo ponto uma explicação científica. Como outros nomes hebraicos na Bíblia, o nome Yahweh é sem dúvida uma forma abreviada do que foi originalmente um nome maior. Isto tem sido sugerido que o original em sua forma completa era algo como Yahweh-Asher-Yahweh, "Ele trouxe à existência tudo o que existe..."

A Nova Enciclopédia Católica, sobre Yahweh diz: (Enciclopédia Americana, tópico Jehovah)
"Yahweh" O nome completo e próprio do Deus de Israel, escrito com quatro consoantes YHWH, conhecido como tetragrama. Sua forma e significado e a história do sagrado tetragrama são considerados neste artigo.
Discernindo das transcrições gregas do nome sagrado YHWH deve ser pronunciado Yahweh. A pronúncia Jehowah era desconhecida dentre os antigos judeus, e é baseado no mal-entendido posterior da prática escriba de usar as vogais da palavra Adonai com as consoantes de YHWH.

"Jehovah, Ji-hove" é uma forma errônea do nome do Deus de Israel. Os antigos hebreus, como muitos outros povos, creem que os nomes tem poderes misteriosos e portanto raramente pronunciam "Yahweh", o nome pessoal do seu Deus. Nos manuscritos bíblicos antigos eles usavam o tetragrama ou as quatro consoantes do seu nome YHWH, que era pronunciado de cor. Depois do exílio Babilônico, no sexto século antes de Cristo, Adonai (Meu Senhor) e Elohim (Deus) foram gradualmente substituídos por "Yahweh"...

"No sexto e sétimo séculos de nossa era, os escritos massoréticos escreveram as vogais de Adonai sob o tetragrama para lembrar aos leitores a usar os termos substitutos. Os estudiosos do cristianismo medieval, equivocadamente combinaram as consoantes e vogais dos dois nomes, formando então a palavra Jeová, que é usada em algumas de nossas versões. O grego, latim e as modernas versões em português usam "Senhor" ou Jeová (Iavé).

Com estes escritos dos eruditos o quadro fica mais claro. "Eu sou" é apenas uma tradução do hebraico das palavras dadas à Moisés. Entretanto, "Yahweh" (ou Yahveh) e não Jeová foi a raiz através da qual foi reconhecido o adorado o Eterno.  É possível que até aquele tempo da história, o homem tenha conhecido à Ele e o adorado como EL Shaddai (Deus Todo-Poderoso), Ex. 6:2-3 "Falou mais Deus a Moisés, e disse: Eu sou o SENHOR. E eu apareci a Abraão, a Isaque, e a Jacó, como o Deus Todo-Poderoso; mas pelo meu nome, o SENHOR, não lhes fui perfeitamente conhecido".

Novamente, veja, Jehovah é uma forma errônea do verdadeiro nome Yahweh (Sl 83:18 ; Is 12:2 ; 26:4 ; 42:8 ; Ex 17:15 ; Jz 6:24).

"Yahweh", O Senhor?

Como lemos na versão em português da Bíblia, nós encontramos as palavras "O Senhor". Estas duas palavras tem sido substituídas pelo santo nome Yahweh e YAH (a forma abreviada do nome), mais de 6.800 vezes na tradução. Na leitura da Tanach (Velho Testamento) a maioria das vezes que foi encontrado "O Senhor" deveria ler-se Yahweh.

Atualmente, quando o conhecimento aumenta rapidamente nas ciências médicas, espaciais e a tecnologia e também em muitos outros campos, você acha que é possível que o Eterno Criador esteja novamente revelando seu nome Santo ao homem para que Ele seja adorado assim?
Vejamos Jr 23:26-27 "Até quando sucederá isso no coração dos profetas que profetizam mentiras, e que só profetizam do engano do seu coração? Os quais cuidam fazer com que o meu povo se esqueça do meu nome pelos seus sonhos que cada um conta ao seu próximo, assim como seus pais se esqueceram do meu nome por causa de Baal".

Esta história mostra que os filhos de Israel foram levados ao cativeiro para Babilônia em 606 antes de Cristo, e desde aquela época, o nome santo foi contaminado, profanado e substituído em ambos, nos escritos e na adoração. Vejamos Ez 36:20-24 - "E, chegando aos gentios para onde foram, profanaram o meu santo nome, porquanto se dizia deles: Estes são o povo do SENHOR, e saíram da sua terra. Mas eu os poupei por amor do meu santo nome, que a casa de Israel profanou entre os gentios para onde foi. Dize portanto à casa de Israel: Assim diz o Senhor DEUS: Não é por respeito a vós que eu faço isto, ó casa de Israel, mas pelo meu santo nome, que profanastes entre as nações para onde fostes. E eu santificarei o meu grande nome, que foi profanado entre os gentios, o qual profanastes no meio deles; e os gentios saberão que eu sou o SENHOR, diz o Senhor DEUS, quando eu for santificado aos seus olhos. E vos tomarei dentre os gentios, e vos congregarei de todas as terras, e vos trarei para a vossa terra".

Também Ezequiel 39:7 - "E farei conhecido o meu santo nome no meio do meu povo Israel, e nunca mais deixarei profanar o meu santo nome; e os gentios saberão que eu sou o SENHOR, o Santo em Israel".
Este Santo nome deve ter sempre a maior reverência e não ser usado de forma banal ou em conversas comuns.

Veja novamente em Ex 20:7 - "Não tomarás o nome do SENHOR teu Deus em vão; porque o SENHOR não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão".

Como mencionado, é também encontrado na Escritura o nome parcial ou abreviado do nome Santo. Ele é YAH. Nós o encontramos do Salmo 68:4 - "Cantai a Deus, cantai louvores ao seu nome; louvai aquele que vai montado sobre os céus, pois o seu nome é SENHOR, e exultai diante dele".

Isto nos mostra que devemos louvá-lo pelo seu nome, YAH. Não existe a letra "J" no hebraico!
Em muitas viagens através de 35 países diferentes, o autor encontrou uma palavra que é usada universalmente na adoração do Todo-Poderoso. A palavra é HALLELU-YAH (Louve a Yah). Então quando nós adoramos ao Eterno de toda a criação através da Palavra HALLELU-YAH, nós estamos louvando-o através de seu nome. Houveram muitos profetas, sacerdotes e reis que também tinham seus nomes uma referência ao Todo-Poderoso Yah:

A Enciclopédia.
Elias = Yah é o Meu Todo-Poderoso
Jeremias = Yah me chamou
Isaías = Salvação de Yah
Obadias = Adorador de Yah
Zacarias = Yah se lembrou
Ezequias = Yah tem fortalecido
Moriá = Provido por Yah

Yeshua (Salvador)
O único que muitos tem vindo para aceitá-lo como o Messias (Cristo) tem sido conhecido entre os gentios pelo nome Jesus. O fato é que, este homem foi um hebreu, nascido numa nação hebréia, de uma mãe hebréia, que falou a língua hebraica, segiu os costumes hebreus e pregou ao povo hebreu.

Deixe-me falar sobre Mt 1:21, que foi escrito em hebraico: "E dará à luz um filho e chamarás o seu nome JESUS; porque ele salvará o seu povo dos seus pecados".

Novamente, os nomes em hebraico tem significado, e seu maravilhoso nome significa algo. "Ele salvará o seu povo dos seus pecados"... Yeshua (YEH-O-SHUA), significando "Salvação de Yah" ou "Yah é salvação", é o mesmo nome como o de Josué (Oséias) dos dias de Moisés (Nm 13:16). O som de "o" foi depois retirado e o nome hebraico moderno torna-se "Yeshua". Durante uma recente viagem à Israel eu falei a um proeminente guia turístico que é um ávido estudante da história e da língua hebraica. Ele disse que, durante a história da língua hebraica, o nome Yeshua tinha sido falado de diferentes formas, dependendo do tempo e da história. Ele poderia ser pronunciado da forma certa como YEHOSHUA, YAHOSHUA ou YOHOSHUA, até sem o "o" como YAHSHUA (Josué), também significando "Yahweh é Salvação" ou "Yahweh salva".

Conclusão

Concluindo, devemos sempre nos lembrar de reverenciarmos e não tomarmos o Seu Santo nome em vão ou abusar dele. As instruções de Yeshua à seus discípulos quando eles perguntaram como orar foi:
Mt 6:9 - "Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome..."
Bendito e santo era o nome do Senhor, e assim deve continuar!

Salmo 72:17 - "O seu nome permanecerá eternamente; o seu nome se irá propagando de pais a filhos enquanto o sol durar, e os homens serão abençoados nele; todas as nações lhe chamarão bem-aventurado".

Baruch Há Shem!
Bendito seja o Nome!



Pr. Alexandre Reis (Adaptações)